terça-feira, 15 de julho de 2025
quinta-feira, 10 de julho de 2025
terça-feira, 10 de junho de 2025
O Ator matogrossense Demetrinho Arruda, este em entrevista para o programa Em Cartaz | Temp. 04 | Demétrio e Altiery | Programa 02
segunda-feira, 10 de junho de 2024
O GÊNERO PERFIL
Publicar o perfil de determinada celebridade, naturalmente desperta no público leitor a expectativa de saber os pormenores da vida privada do perfilado. O público, certamente, espera que esse conteúdo venha recheado com detalhes escondidos, escanda-los e fatos nunca expostos. Esperarão também relatos que expliquem os pormenores por trás dos fatos ditos diretamente da fonte (perfilado), com seu conteúdo na medida certa para saciar os leitores famintos por novidades referentes ao perfilado.
Depois do contato com os textos Síndrome de Estocolmo: Jornalista em sequestro, ROCCO, 1999; e Chico dá Samba, FREIRE, 1968; desenvolvemos uma linha de raciocínio em relação a estes textos. Essa leitura pode não esclarecer teoricamente a essência do perfil, mas nos traz elementos preciosos na relação jornalista e perfilado para manter o equilíbrio nesse envolvimento, ou seja, o profissionalismo, a ética e a moral, fazem parte desse contrato de cumplicidades.
No perfil Chico da Samba, por exemplo, ocorre um estilo “apaixonado”, que foi escrito com envolvimento emocional do jornalista, e este, claramente coloca ali opiniões sobre o perfilado, de tal forma que pela sua maneira de descrevê-lo expõe no texto, trechos dignos de um fã e admirador, explicitando o grau de envolvimento devido à amizade entre eles. “Enquanto a relação entre jornalista x personagem vai se aprofundando, adquire também características idênticas a um caso de amor” (ROCCO, 1999). Chico da Samba, traz relatos e comentários que no seu contexto evidenciam fatores qualitativos da personagem, favorecendo, promovendo, formando uma imagem de bom moço, mesmo nos momentos que trata minimamente seus aspectos individuais negativos de forma simpática.
Não fosse a inegável posição de celebridade ocupada, Chico da Samba, não despertaria interesse ou curiosidade maior sobre o perfilado, que não seja dos seus fãs, ou seja, trata-se de um perfil “plano”. Claro, tratar-se de uma celebridade, mas os fatos descritos no perfil em questão, soam com um romantismo quase pedante presente na maneira em que foi escrito, e seria dificilmente rejeitado pelo perfilado.
Mas como a própria ROCCO, Fiammetta comenta no início do seu texto, “o jornalismo que eu mais gosto é sobre pessoas”. Esse jornalismo sobre pessoa, tem realmente que ser vibrante, interessante, tem que explorar os extremos do perfilado, com uma boa provocação, pode nascer fatos ricos de história, coisa que despertam curiosidade dos leitores, um bom perfil não tem que ser só uma descrição perfeita do perfilado, não pode ter como intenção “endeusar”, mas tornar o perfilado uma figura interessante e enigmática que desperte a atenção dos leitores.
Falando de aceitação da redação final por conta do perfilado, é como se tivéssemos duas linhas que seguem em sentidos opostos. Para agradar o leitor, o jornalista utiliza de toda informação colhida acerca do perfilado e literalmente relata-os em sua totalidade com intuito de despertar interesse do leitor, neste caso, é bem provável que esses fatos sejam repudiados pelo perfilado. O que não acontece logicamente num perfil que deixa o perfilado em uma posição totalmente cômoda. Mas essa briga de braço, chega num meio-termo diante da adoção de um contrato que dita as regras dessa relação, mas, ao mesmo tempo, impede que um bom trabalho seja feito, pois impor regras ao que deve ser dito, é interferir diretamente na liberdade do jornalista de aprofundar em assuntos às vezes incômodos para o perfilado, mas bem mais relevantes acerca aos olhos do leitor.
Essa relação entre jornalista e perfilado, no fundo, até pode ser ilustrado como semelhante a um namoro, é possível identificar todas as fases que passam um casal, desde o momento do interesse pelo outro, da forma como é intermediado esse encontro, do ápice da relação e do trágico fim, que pode vir acompanhado de litígio.
Passando por todas essas fases de forma equilibrada, nasce o fruto dessa relação, o perfil. Com a diferença de que no caso do perfil, ao contrário de um bebê, ele se estagna no tempo e não acompanha o crescimento do perfilado, exceto caso a seu tempo, nasça um novo perfil, e assim sucessivamente sendo superado pelo seu “irmão” mais novo.
A coleta de dados para se elaborar um bom perfil não é tarefa fácil, e este é só um das várias etapas da produção, que vai desde a entrevistar, o acompanhar, a pesquisar, uma visita ao currículo, disposição das regras e outros elementos que devem guiar o jornalista para um resultado interessante. Ainda assim, tomando todos esses cuidados, certamente haverá algum descontentamento por parte do perfilado, Rocco (2009) diz o seguinte “O fato é que muitos dos retratados nesses perfis passaram a odiar a publicação final e se arrependeram tremendamente de terem cooperado com o jornalista.”
Neste sentido, ilustra bem o trecho seguinte, que ilustra outra relação comparativa nesse processo de construção do perfil
Qualquer jornalista que não seja demasiado obtuso ou cheio de si para perceber o que está acontecendo sabe que o que ele faz é moralmente indefensável. Ele é uma espécie de confidente que se nutre da vaidade, da ignorância ou da solidão das pessoas, conquistando-lhes a confiança e traindo-os sem nenhum remorso. Tal como a viúva confiante, que acorda um belo dia e descobre que aquele rapaz encantador e todas as suas economias sumiram, o indivíduo que consente ser tema de um escrito não-ficcional aprende – quando o artigo ou livro aparece – a sua própria dura lição ROCCO, MALCON, apud MALCOLM, 1990, p. 11).
Concluímos que a melhor forma para se fazer um perfil é fugir do perfil plano, instigar o escritor, incomodar o perfilado e encantar os leitores.
Por Demetrinho de Arruda Filho
Texto oriundo dos estudos na graduação.
terça-feira, 4 de junho de 2024
CRÔNICAS DO DEMETRINHO: O QUE SERÁ DEPOIS DO PÓ?
Do pó viemos, ao pó retornaremos. (Gênesis 3:19).
Reflexões
Jornalista
sábado, 7 de janeiro de 2023
DEMETRINHO ARRUDA ENTREVISTA EDMILSON MACIEL - "RESOLVI SER A CABEÇA DO GATO!"
Edmilson Maciel Barbosa é dos músicos mais conhecidos em Mato Grosso. Fez fama em Mato Grosso com a "Banda Terra". O repertório da banda erá eclético, porém, tendo o rasqueado como carro chefe. Filho de baianos, nascido Nortelândia/MT, mas veio para a Capital ainda criança, aonde passou toda sua infância já em Cuiabá. O contato precoce com com a música, aconteceu por conta da banda musical, dos irmãos mais velhos. De Cuiabá, Maciel foi morar em Tangará da Serra, onde começou participar de concursos musicais, saindo vitorioso em todos eles, até que em determinado momento, os organizadores passaram a premiá-lo por participação. Tocou baixo na banda do seu irmão Etevaldo Maciel Barbosa, de forma que, alí, iniciou sua vida de músico profissional. Junto com a banda, ficou uma temporada em Rondônia, lá tocavam todos os ritmos. "Em determinado momento, tomaram a decisão de ir mais além". Conta Edmilson. Já formado em Técnico Agrícola, foi morar no Rio de Janeiro, por três anos, dividindo moradia com Amaurí Tangará , conhecido ator e cinesta Matogrossense. Na mesma casa, morava o ator que fazia o "Dengue" do programa da Xuxa. Ficou curioso, pra saber mais dessa super trajetória. Assista a entrevista na integra. Link abaixo:
https://youtu.be/7IA2setYQUM
segunda-feira, 12 de dezembro de 2022
JORNALISMO CULTURAL - DEMETRINHO ARRUDA E SUA ANÁLISE DO PROJETO TÁ NA RUA - "A arte está nas ruas"
No apagar das luzes, não se celebra os que não vieram, mas a alegria de quem se fez presente. No apagar das luzes não se lamenta as dores e o suor no rosto, celebra-se o sorriso de cada criança que foi provocado pelas peripécias dos palhaços no picadeiro. Para quem pôde apreciar as atrações do 2° Festival Ta Na Rua, uma certeza, VALEU A PENA! Para os que perderam a oportunidade, fica a dica: Siga Altiery Dallys no Instagram e fique por dentro de sua agenda.
Mais do que assistir a uma apresentação, o ato de ir a um evento de rua, te proporciona momentos de convivência com o outro, com a comunidade. É na rua que as coisas acontecem, é na rua que rolam os encontros mais inusitados, é na rua que se grita, que se protesta, mas principalmente, é na rua que está o artista. Já percebrema que as ruas funcionam como as artérias de uma cidade, fazendo aluzão ao coração. Por que não dizer, que é na rua que pulsa a vida?
Por esse motivo, viva à arte! Viva a rua! Viva ao palhaço! Por que a alegria TA NA RUA. Nossa gratidão a todos os artistas de rua, e nosso agradecimento, ao artista Circense Altiery, primeirmente pela amizade, e também por nos convidar para tentar colocar nestas linhas um pouco do sentimento que permeou e permeia todas as edições deste Projeto.
Abaixo um link aonde você pode conferir um pouco do que rolou:
https://www.facebook.com/share/r/fLM6ivztd53KsyQz/?mibextid=oFDknk
Por Demetrinho Arruda