quarta-feira, 24 de março de 2021

Antes do dia clareá

Tchega djunto sho mano

Vamos cunverchá

Você conta shos prano

Pra dgente enricar 

 

Pra gente dgente enricar

primeiro tem que trabaiá

Acordar cô as galinhas

Antes do dia clareá

 

Antes do dia clareá, 

antes do dia clareá

agora quando shô mano

num dô conta de acordá

 

num do conta de acordá

num do conta de acordá

num do conta de acordá

antes do dia clareá

 

- Congoió: Então deu ruim... 

- Pequizão: Larga mão...

- Congoió: Bora pescá?

- Pequizão: Atcho melhor nós procurar serviço

- Congoió: Vôte, vai que nós acha..

 

Antes do dia clareá

Antes do dia Clareá

antes do dia clareá 

num do conta de acordar...


https://youtu.be/7fFAGU41Ugk

Música: Antes do dia clareá

Letra: Demetrinho Arruda

 

Cuiabá, 24/03/2021


quarta-feira, 17 de março de 2021

AI QUE SAUDADE D’OCE - ABRE AS INSCRIÇÕES PARA CURSO DE FORMAÇÃO PARA PROFESSORES EDUCAÇÃO ARTÍSTICA E PEDAGOGOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA



    Ai, Que Saudade D'Ocê é uma canção composta em 1982 pelo paraibano Vital Farias que se tornou seu maior sucesso por ter sido regravada por vários artistas como Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Fagner e Israel Filho, e mais recentemente Zeca BaleiroLucy Alves e Scracho

    Nas mãos do grupo de músicos da cidade de Nova Mutum, a obra agora é tema de um projeto artístico educacional bastante interessante contemplado pelos editais da Aldir Blanc em Mato Grosso. 

    Em dois braços de trabalho, a ideia contempla uma apresentação artístico musical para crianças, jovens e adolescentes em idade escolar, bem como a formação de professores da rede básica para o trabalho em música. Contando com a parceria da Escola de Música de Nova Mutum, uma instituição de mais de 10 anos de atuação no mercado local, bem como com a extensão universitária da UFMT, a proposta ousada é de “reconectar” artista e espectador em um momento que ironicamente todos estão conectados pela tecnologia, mas “desconectados de propósitos” diz o músico Marcelo Rocha.

     O Proponente e diretor artístico da trupe, Marcelo, afirma que o período pandêmico mostrou a importância da arte para a mente das pessoas – “tornou-se um acalanto para os momentos de ansiedade e estresse que todos veem passando, porém ao mesmo tempo em que possibilitou este reconhecimento, se desconectou do público por ser uma prática presencial que agora vem sendo pouco possível.” Ainda afirmou que “a apresentação artística é um momento de expressão coletiva e de aglomeração por natureza, não apenas física, mas psicológica – de compartilhamento de propósitos e sensações”. 

Marcelo Rocha - Diretor Artístico

    Quanto a solução para o que ele chamou de “dilema” propôs um conjunto de repertórios a ser apresentado digitalmente, mas que se conecta com a identidade do seu público local, bem como promove a formação de professores para que neste momento de trabalho digital, não se perca de vista também o papel das artes no contexto escolar. 


Mestre Fernando Pereira

    Intitulado o “Contexto das Artes na BNCC” a formação para professores tem como foco contribuir na formação teórico-prática dos profissionais da educação artística e pedagogos da educação básica para o entendimento, reflexão, crítica e análise das habilidades e competências que compões a normativa, bem como implantá-las. Um momento teórico que contará com a presença do facilitador Prof. Mestre Fernando Pereira (UFMT) bem como prático, em atividades criativas, simulando turmas e classes de diferentes idades com a profª Miciane Pinheiro.


    Quem quiser acompanhar os produtos culturais deste projeto e se reconectar com estes músicos, pode acessar o canal do jovem empreendedor cultural Marcelo Rocha, pelos links que seguem abaixo. A estreia musical será no dia 25 de março pelo canal do youtube. Já a formação est com as inscrições abertas de 16 a 19 de março pelo formulário também abaixo, e acontecerá no dia 20 de março, sábado, das 14h as 16h na sede da escola de música de Nova Mutum. Vale lembrar que como o projeto conta com a parceria da UFMT, a formação ofertará certificado de extensão. 


 











Instagram: https://www.instagram.com/marcelo_rocha2804/

Facebook: https://www.facebook.com/marceelo.rocha.3

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCFLiNzzN_7g8NJ0Q39aXM-Q



sexta-feira, 12 de março de 2021

Poema "Vazio"


Trêmulo de dor.
Agora falta-me o ar, 
Estou suspenso sem voar.
A mente cheia de um vazio,
Cada segundo traz um calafrio.
O coração bate sem nenhuma sincronia,
Os pensamentos tortuosos exalam melancolia.
Já não há plateia para aplaudir o movimento que ensaiei,
O que realmente importa nesta vil vida de artista? Já não sei.
Os amores se vão, as pessoas desaparecem, o sentimento humano entorpece,
O dia e a noite se confundem no eterno por vir, até a beleza do silêncio me ensurdece.
Chegou a hora de derrubar a quarta parede, explorar este que pode ser um caminho sem volta?
Mas tenho medo de deixar o palco que me acolhe, e depois descobrir que lá fora nada mais conforta.
Sinto vergonha por ter feito tão pouco. Quem poderia imaginar que um dia a arte ficaria trancada atrás da porta.
Desci relutante, me misturei à plateia, não posso olhar pra trás, mas sinto que estou incompleto e totalmente dilacerado.

Finalmente estou liberto, junto e misturado, o bumbum tantã, a vida louca me embala, provei do oscio humano e nele me delicio.

A vida segue então o seu fluxo, mil cairão a sua direita,  mil cairão a sua esquerda, mas seu coração permanecera como o palco: VAZIO.

                                                                                                                

Demetrinho Arruda é jornalista graduado pela UFMT.

Ator, produtor e cidadão do mundo.




terça-feira, 9 de março de 2021

AOS NOSSOS IDOSOS, TODO NOSSO CARINHO

Valorizar os nossos idosos não se trata apenas de garantir o básico para a sua sobrevivência, é muito mais que isso. Além das mazelas sociais que nossos idosos historicamente vêm sofrendo, como o abandono, o descuido, os abusos, as agressões e tantas outras formas de violências. Existe todo um desrespeito com sua história de vida, uma injustiça sem precedentes, pois graças a eles a sociedade avança. Eles são os rastros de uma caminhada que vão ficando pelo caminho, tragicamente, poucos ou quase nenhum deles, não chegam ao ápice da trajetória humana, não colhem os louros do progresso, as benesses das descobertas científicas, no entanto, deixaram suas marcas em algum momento da humanidade.
Vem do centro do Brasil, de bairros periféricos, uma iniciativa que exemplifica e dá, além de voz, a oportunidade de garantirmos para a posteridade, dando a devida importância para histórias de vida dos nossos idosos. Quem nunca ouviu uma boa estória, quem nunca se espantou com o conhecimento acumulado de uma idosa, um idoso. Demetrinho Arruda,  jornalista graduado pela UFMT, ator e produtor cultural. Teve a experiência de ter um idoso, seu pai, ao seu lado, cego, debilitado, a quem cuidou até seus últimos dias. O Demétrio Ferreira, faleceu em 2018, mas durantes estes útimos anos de convivência mais intensa, seu Demetrio, o inspirou com histórias da sua vida toda. Seu Demétrio tinha uma desenvoltura natural na arte de contar seus causos, e usava pitadas de humor picante. Sabia como ninguém contar suas aventuras pelas matas amazônicas, trabalhando como ceringueiro e poaeiro.  Essa vida nos confins das florestas, na mata virgem, proporcionaram muitas histórias, alguma ficcção aparentemente se fazem presente, mas o que vale é o entretenimento dos ouvintes. Aglutinador, sempre vivia em roda de amigos, casa cheia, e sempre tinha um motivo para festejar. Morreu, na solidão dos amigos, apenas com a presença do seu filho Demetrinho. Mas certamente confortado pelo carinho do filho.
O jornalista Demetrinho sempre carregou a inquietação de registrar essas memórias, enfim, não conseguiu fazer registro audiovisual das histórias de seu pai, mas, em 2019, recebeu um convite para apresentar um programa de TV, juntamente com seu parceiro de palco, Altiery Dallys, que comungava da mesma ideia de valorizar as histórias dos idosos, idealizaram o programa de entretenimento e humor “UMA COISA PUXA A OUTRA”, e em um de seus quadros, tem como objeto central ouvir causos e histórias dos idosos, com foco nos anônimos e de bairros periféricos ou zona rural. Neste contexto, surge então o quadro “CAUSOS E CAFÉ”, que tem como apresentadores, as personagens “CONGOIÓ E PEQUIZÃO”. Personagens oriundas do imaginário popular da figura do Cuiabano, com linguajar típico, modos simples, um pouco tanto quanto ingênuo de lidar com as coisas do dia a dia. As personagens aos poucos foram caindo no gosto popular.
Com mais de 10 anos de criação, as personagens CONGOIÓ E PEQUIZÃO se limitavam as poucas aparições em eventos de festas juninas, festas temáticas da cultura regional em escolas, entre outros. Os atores garantem que vão retomar as gravações assim que a pandemia acabar, tendo em vista que seu principal ator é o idoso.
 A iniciativa desses atores é apenas um exemplo de como podemos fazer algo para valorizar e garantir a preservação das memórias e da história dos nossos antepassados, para que se perpetuem e sejam lembrados para sempre.
Confira um dos programas CAUSOS E CAFÉ com Congoió e Pequizão, clicando no link abaixo, a propósito, não por coincidência, neste você verá a gravação com a vó do Ator Altiery Dallys (Pequizão), dona Deranir:
 
 

Gostou? Quer ser um dos incentivadores/patrocinadores deste programa, ou levar para sua região? Entre em contato com a produção pelo telefone ou WhatsApp: (65) 99926-9801.

Por Demetrinho Arruda - Jornalista