As notícias estão deslocadas ultimamente. “Ao ler o seguinte lead: Tubarão espalha pânico em parte rasa da praia…”
Pera! Quem está no lugar errado aí, pânico seria se o tubarão estivesse sentado na praça de alimentação do shopping bebendo whisky, fumando charuto e comendo caviar…
Mas Demetrinho, aonde você quer chegar com esse papo? Bom, como de costume, estou apenas provocando reflexão sobre os aspectos ocultos, ou seja, nas entrelinhas das “pseudo notícias…” Desconfie sempre. Antes de tudo, crie o hábito de pesquisar em fontes, e fontes confiáveis. Como saber se uma fonte é confiável, entenda por confiável a fonte que permite a checagem. Seja crítico. Ou buscamos a verdade dos fatos, ou simplesmente caímos na armadilha do “emburrecimento social” vigente. Mas você até pode dizer que estou sendo extremista neste discurso, que não se pode generalizar. Não mesmo, não digo que toda notícia disseminada por canais alternativos são falsas. Extremo é aquilo que não dá margem ao diálogo. E sem o diálogo, a única coisa que prospera é a ignorância. Proponho aqui o exercício da checagem, da pesquisa, do contraditório, do comparativo. Em exemplo, é a foto capa desta matéria. Pode parecer que o modelo da foto foi espancado até sangrar, ou sofreu algum acidente. Porém, a imagem trata-se de maquiagem artística, feita pela profissional do Make, Karla Marino. Caracterização feita para uma cena do programa “1 coisa puxa a outra”, no ar em 2020 na TV Cultura/TVMais de Cuiabá–MT. Como na imagem da foto, não se deixe levar pelo primeiro contato, pela primeira matéria, ao contrário daquela frase popular que diz que “a primeira impressão é a que fica”, no jornalismo, nunca deve ser. A palavra de ordem é checagem ampla sobre o fato, de vários pontos de vista, se for possível. Ao se informar, busque sempre ler o texto, contexto e a sua intertextualidade.
Ass.: Demetrinho Arruda
Jornalista
Nenhum comentário:
Postar um comentário